A história e a devoção à Padroeira do Espírito Santo

Os acervos do Palácio Anchieta, Galeria Homero Massena e do Arquivo Público nos possibilitam apreciar um pedaço da história desse patrimônio contado em imagens.

Mais do que um símbolo de fé, um pedaço da história do Espírito Santo. O Convento da Penha é um dos pontos turísticos mais emblemáticos do estado capixaba, situado no alto do Morro da Penha. A construção do convento teve início no século XVI, por iniciativa dos frades franciscanos.

Os acervos do Palácio Anchieta, Galeria Homero Massena e do Arquivo Público nos possibilitam apreciar um pedaço da história desse patrimônio contado em imagens, então continue lendo para conhecer algumas dessas obras!

O cartaz de 1987 – mantido pelo Arquivo Público – nos permite observar a arquitetura do Convento da Penha. Uma mescla de estilos arquitetônicos, resultado das diversas reformas e ampliações que o edifício sofreu ao longo dos séculos. No entanto, é possível perceber predominância do estilo barroco, que foi muito presente no Brasil durante o período colonial.

A pintura de Marian Rabello, mantida no acervo do Palácio Anchieta, representa um dos importantes eventos religiosos ligados ao Convento da Penha. A obra intitulada “Romaria de Homens e Mulheres” representa exatamente o que diz em seu título, apresentando em primeiro plano o evento religioso e o portão de entrada do convento em tons de azul, e ao fundo no topo do morro, o Convento em si.

De acordo com informações do próprio convento, a Romaria dos Homens na qual os fiéis percorrem cerca de 14km, acontece há pelo menos 60 anos. O pintor Homero Massena ajudou a eternizar um ícone da arquitetura capixaba: a antiga entrada para acesso ao Convento da Penha. A entrada é considerada um dos principais pontos turísticos de Vila Velha e um importante patrimônio histórico e religioso do nosso Estado. Ela foi construída em 1659 e era a única entrada para o convento até 1912, quando foi construída a nova.

A obra, que também faz parte do acervo do Palácio Anchieta, mostra dois barcos ancorados no litoral de Vila Velha, com a clássica entrada ao fundo, um exemplo da arquitetura barroca e uma das atrações do local.

O artista também cruzou a história do Convento da Penha ao retratar em uma de suas pinturas o trajeto envolta em natureza que leva ao topo do Morro da Penha. A Obra denominada ‘Solidão’ data de 1945 e retrata dois padres franciscanos na Ladeira da Penitência. Uma imagem que além dos sentimentos de solidão – enfatizado pelo título – promove calma, espiritualidade e paz ao espectador.

Ao longo da subida, é possível observar a vegetação típica da Mata Atlântica, além de algumas capelas e pequenos santuários que ficam no caminho. A cada trecho vencido, os visitantes são recompensados com novas vistas panorâmicas da cidade e do mar.

O Convento da Penha possui uma profunda importância na história e cultura do povo capixaba. Também sendo considerado um dos mais antigos e importantes santuários marianos do Brasil. Reconhecendo sua importância como um marco histórico e religioso para o estado do Espírito Santo e para o país, em 1943 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) realizou o tombamento do Convento da Penha no livro das Belas Artes e no Livro Histórico.

Além dessas e de outras obras sobre o Convento, sua principal festa também aparece nos registros disponíveis no acervo da Midiateca Capixaba. É o caso do cartaz sobre a Festa da Penha de 1987, uma das maiores celebrações religiosas do Brasil e onde são realizadas novenas, missas, procissões e outras atividades religiosas, demonstrando fé e devoção. A festa reúne milhares de pessoas de várias partes do país e até mesmo do exterior, que vão ao local para prestar homenagens à padroeira.

O Convento da Penha não é apenas um local de grande importância histórica e religiosa para o povo capixaba e uma visita imperdível para quem visita a região, mas também uma peça essencial para compreender a história do Espírito Santo por meio das obras presentes nos acervos do Palácio Anchieta, da Galeria Homero Massena e do Arquivo Público. Acesse a Midiateca Capixaba e encontre outras obras sobre a construção.

Autores: Allan Cancian, Ricardo Aiolfi e Robert A. M. Mareto

NESTA CURADORIA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *