Relevo e técnica: as distintas gravuras do Espírito Santo

Nos acervos presentes na Midiateca, várias formas de gravuras se misturam

A gravura é uma forma de expressão visual que representa a arte por meio de pinturas e relevos. Utilizando uma técnica específica, a imagem é criada pela impressão de uma matriz, na qual um desenho é gravado com uma ferramenta chamada buril ou Goiva.

Essa forma de reprodução é assinada e numerada, carregando um valor artístico muito significativo. Através dessa técnica, o artista é capaz de produzir peças únicas, sem depender de recursos tecnológicos que temos hoje em dia!

E o nosso querido Estado também possui dezenas de gravuras nos acervos do Arquivo Público do Espírito Santo, Museu de Artes do Espírito Santo (MAES) e Museu do Colono. Nos acervos presentes na Midiateca, várias formas de gravuras se misturam. Litogravura, xilogravura e serigrafia são exemplos de técnicas que possuem seus próprios métodos e características. Então vamos conhecer um pouco mais desse universo tão vasto?

Entre as diversas técnicas de gravura existentes, a xilogravura, a litogravura e a serigrafia se destacam pela sua versatilidade e expressividade. A xilogravura consiste em esculpir uma imagem em relevo em uma placa de madeira ou outro material. A litogravura utiliza uma pedra calcária ou uma placa de metal revestida com uma substância sensível à água, na qual a imagem é desenhada com um lápis de graxa ou uma caneta de tinta.

A serigrafia emprega um tecido estêncil para transferir a imagem desejada para o papel com tinta serigráfica e um rodo. Essa última técnica foi popularizada pelo artista Andy Warhol na década de 1960. Aqui no Espírito Santo, alguns artistas utilizam essa metodologia para produzir peças impressionantes que retratam desde a existência do ser humano até cenas abstratas de feras selvagens.

Você sabia que o Museu do Colono possui uma litogravura rara de Rugendas, retratando uma cena de guerra entre soldados e civis negros? Essa é uma das técnicas de gravura que você pode conhecer no acervo do MAES, que também conta com obras de xilogravura e serigrafia de artistas capixabas renomados.

Um deles é Dionísio Del Santo, que explorou a xilogravura em obras semi-abstratas e abstratas, expressando temas como morte, caça e geometria. Outro é Raphael Samú, que usou a serigrafia para homenagear a escadaria Maria Ortiz, um dos símbolos do Centro Histórico de Vitória. Venha se encantar com essas e outras peças que revelam a arte e a história da gravura no Espírito Santo.

No Acervo Público do Estado do Espírito Santo você pode encontrar cartazes de exposições que aconteceram no território capixaba, como a II Semana de Artes de São Mateus e a Exposição de Xilografia Japonesa. Esses cartazes mostram como a técnica da gravura foi incorporada pelos artistas e como essas obras foram compartilhadas com a sociedade capixaba.

E não é só isso: você também pode apreciar as obras de Patrick Caulfield, Fayga Ostrower e Lasar Segall, que foram homenageados com exposições no Espaço Universitário da UFES. Esses artistas se destacaram pela sua criatividade e expressividade na arte da gravura, explorando temas como o abstrato, o impressionismo e o modernismo.

Viu só como as gravuras estão presentes em diversos momentos da história do Espírito Santo? Agora, queremos saber: você já teve a oportunidade de fazer algum tipo de gravura? Conta para a gente nos comentários e venha se surpreender com essas e outras peças que revelam a arte e a história da gravura no Espírito Santo.

Autores: Elvys Chaves e Newton Assis

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